20/01/2017

RESENHA: FLORES PARTIDAS - KARIN SLAUGHTER ll #TRAVELING WITH BOOKS

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Irmãs. Estranhas. Sobreviventes.
Quando Lydia contou para a irmã que o cunhado havia tentado estuprá-la, Claire não acreditou. Dezoito anos depois, porém, tudo o que Claire achava saber sobre o marido se provou uma mentira. Quando vídeos escondidos no computador de Paul mostram uma face terrível do homem que ela julgava conhecer, Lydia percebe que o drama de sua família tem muitas camadas que precisarão ser descobertas antes que a assustadora verdade por fim venha à tona.
Mais de vinte anos atrás, a família Delgado sofreu um grande trauma: a caçula, Julia, desapareceu sem deixar rastros. Depois desse golpe, a família se deteriorou de tal forma que as irmãs mais velhas, Claire e Lydia, pararam de se falar, e suas vidas seguiram caminhos muito diferentes. Claire tem uma vida glamorosa, casada com um milionário de Atlanta. Lydia é mãe solteira, namora um ex-presidiário e luta para se reerguer de um passado de drogas e sem direção. A ferida destruidora, no entanto, continua aberta e volta a sangrar quando o marido de Claire é assassinado.
O desaparecimento de uma adolescente e a morte de um homem de meia-idade, com quase um quarto de século de separação... Qual seria a conexão? As irmãs se unem em uma trégua relutante para, vasculhando o passado, buscar respostas. Mas essa jornada vai trazer à tona segredos que destruíram a família décadas antes, junto com uma chance inesperada de redenção... e vingança.
Poderoso, tocante e muito tenso, com personagens inesquecíveis e reviravoltas surpreendentes, Flores Partidas é um thriller sem igual, escrito por uma das melhores e mais bem-sucedidas autoras de suspense da atualidade. 

Título: Flores partidas
Autora: Karin Slaughter
Editora: Harper Collins 
Número de páginas: 464
Ano de publicação: 2016
Avaliação:    
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     E a primeira resenha de 2017 vem juntamente com o primeiro tópico do desafio Traveling with Books cumprido. E para a primeira leitura eu cumpri o tópico de ler um livro com uma flor na capa.
     Por adorar thrillers, Flores Partidas foi uma leitura bastante aguardada e iniciada com altas expectativas. Ao concluir a leitura e me deparar com uma encerramento de tirar  o folego, não tinha duvidas de que havia acertado em cheio na escolha. Porém, após retornar e analisar a história de todos os lados, pude notar alguns pontos que acabaram deixando a desejar e, infelizmente, não poderiam ser ignorados.
     Ao me deparar com uma narrativa em terceira pessoa, achei que isso seria um ponto negativo para história, por esse tipo de narrativa geralmente não me proporcionar uma relação tão próxima com os protagonistas - ainda mais por que nesse caso seriam duas. Porém, não foi o que aconteceu. A autora conseguiu montar um estrutura narrativa que permanecesse fluida e envolvente independente do foco de quem ela estivesse, e ainda sim narrar os pensamentos das protagonista de forma que pudéssemos nos conectar mais a elas.
     Além da narrativa em terceira pessoa, temos também a em primeira pessoa que acompanha os desabafos do pai delas anos após o desaparecimento da filha mais velha. Nesse caso o clima é mais melancólico e sensível, com passagens um pouco mais.

      “É estranho que sua mãe e eu só nos sintamos completos quando falamos sobre as vidas               de suas irmãs. Estamos feridos demais para falar das nossas. As feridas não cicatrizadas se               abrem quando passamos muito tempo juntos

     Passados os capítulos iniciais, a história começou a ficar um pouco arrastada. Mesmo acontecendo bastante coisa, entre ela diálogos e revelações, algumas coisas que aconteciam não tiveram tanto impacto quando eu gostaria. Mas passado essa primeira metade, a trama tomou um rumo completamente inesperado e conseguiu a minha atenção completa. A partir dali qualquer passo dado pelos personagens era uma mistura de emoções e a tensão tomou conta da trama de forma que a cada página o coração ia ficando mais apertado.
     A relação familiar também é algo bastante trabalhado na obra. Não só se tratando das protagonista que vão reconstruindo os laços fraternais e reaprendendo a confiar uma na outra, como também pela narrativa dos pai delas, que é bastante emocionante e fala muito sobre esperança e enxergar o lado bom das coisas.
     O que mais me incomodou na leitura como um todo foi a forma como a autora a executou. Apesar de ser uma história muito boa em vários aspectos, ela acabou deixando a desejar em alguns pontos, como na elaboração de algumas cenas de suspense e extensão de outras para além do necessário. Acho que eu autora poderia ter trabalhado mais nessas cenas em específico de modo que ficassem menos 'paradas' e mais impactantes.
     Fora os pontos negativos citados anteriormente, foi uma trama bastante inteligente. Referindo-me principalmente a segunda metade da história, a trama foi bastante surpreendente e impactante, o final foi muito bem amarrado e o último capítulo fechou o livro com chave de ouro, trazendo uma certa leveza e juntamente um nó na garganta.

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